quinta-feira, 4 de julho de 2013

Complicou: Atlético-MG leva 2 a 0 do Newell's Old Boys na Argentina

Galo precisa de vitória por três gols de diferença em casa para ir à final da Libertadores. Maxi Rodríguez e Scocco fazem os gols

A união terá que ser maior do que nunca. A sintonia terá que ser absoluta. O time do Atlético-MG, o caldeirão do Horto e a torcida do Galo terão que encarar, juntos, o maior desafio do ano - e um dos maiores desafios da vida - na semana que vem. Porque complicou... Na noite desta quarta-feira, o único sobrevivente brasileiro na Libertadores foi à Argentina e perdeu por 2 a 0 para o Newell's Old Boys, no primeiro duelo das semifinais da competição continental. Maxi Rodríguez e Scocco, a dupla pensante do time de Rosário, fizeram os gols.
Maxi Rodriguez comemora, Newell's Old Boys x Atlético-MG (Foto: AFP)
O saldo qualificado torna o resultado pavoroso para os mineiros. Para ir à final, a equipe de Cuca precisará vencer por três gols de diferença no Independência. Outra opção é devolver os 2 a 0 e tentar a sorte nos pênaltis. O jogo será na quarta-feira, às 21h50m. Será, em décadas, o mais importante dos dias para os atleticanos.
A derrota na Argentina saiu no segundo tempo, depois de uma etapa inicial relativamente calma. A zaga falhou no primeiro gol, de Maxi Rodríguez (Leonardo Silva e Réver, os titulares, desfalcaram a equipe). E Scocco encontou o canto esquerdo de Victor em cobrança de falta para complicar de vez a vida do time mineiro.
Goleiros salvam
Nahuel Guzman, Newell's Old Boys x Atlético-MG (Foto: AP)
Foi um primeiro tempo de mais movimentação do que chances, de mais correria do que perigo. Nas poucas oportunidades que pintaram de lado a lado, os goleiros foram bem. Victor teve mais intervenções. Mas Guzmán teve a melhor.
Os primeiros minutos foram aqueles que mais renderam ameaças ao Galo. O Newell's começou melhor. Alavancado por uma torcida extremamente inflamada, chegou a encaixotar os mineiros no campo de defesa por poucos minutos. Cáceres surgiu como boa opção pela direita. Por ali, mandou cruzamento no pé de Maxi Rodríguez, que mandou de primeira. Victor salvou pela primeira vez.
Com o passar do tempo, o Atlético firmou pé, se ambientou, respirou fundo. O jogo ficou controlado. O NOB seguia dominando, mas sem pressionar. Aos 25, porém, Scocco fintou Marcos Rocha e Josué e mandou no cantinho de Victor, que salvou de novo. Mais tarde, Scocco teria nova chance, mas desta vez em conclusão muito fraca. O goleiro pegou sem problemas.
Apesar da superiodade da Lepra, a melhor chance foi do Galo. E graças à genialidade de Ronaldinho Gaúcho. O camisa 10 pegou a bola na intermediária, deslocado para a esquerda. E logo encontrou uma daquelas brechas que só ele vê. O passe foi uma raridade. Bernard recebeu na área. Era ele e Guzmán, frente a frente. E o goleiro venceu. Caiu nos pés do jovem alvinegro e evitou o gol.
Pane geral
Ronaldinho, Newell's Old Boys x Atlético-MG (Foto: AP)
O Atlético-MG poderia ter aberto o placar logo com 25 segundos da etapa final. Não abriu. Na primeira jogada do período, Bernard acionou Jô, que deixou de cabeça para Ronaldinho. A conclusão, porém, foi muito torta.
O jogo, por dez minutos, manteve o panorama anterior à parada: NOB tentando pressionar, Galo não deixando. Os brasileiros quase pularam na frente em uma trapalhada de Guzmán, que chutou a bola nas costas de Vergini. Jô não conseguiu aproveitar.
Aos poucos, os argentinos conseguiram crescer. E sempre com Maxi Rodríguez, o melhor em campo. Com 12 minutos, ele fez Victor trabalhar em chute da entrada da área; aos 16, foi fatal.
O gol saiu em uma pane da zaga atleticana. Depois de cobrança de escanteio, a bola foi mal afastada. Resultado: voltou para a área. A defesa, muito mal posicionada, permitiu que Maxi ficasse livre. De cabeça, ele desviou de Victor e colocou a Lepra na frente.
Ficou ruim. E logo se tornou pior. O NOB teve três chances no mesmo lance, com repetidos chutes sendo salvos pela zaga atleticana - inclusive em cima da linha, com Rafael Marques. Quase. Mas depois não teve jeito. Scocco, em cobrança de falta, venceu Victor: 2 a 0.
O Galo não teve forças para reagir. Quanto mais tentava atacar, mais parecia frágil, sob pena de levar o terceiro. Não teve jeito: restou se contentar com um resultado muito ruim. Ruim a ponto de só uma conjunção absoluta, entre time, torcida e estádio, poder contornar...

 

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