PSG apresenta Cavani: uruguaio é o quinto jogador mais caro da história

Clube paga montante da cláusula de rescisão do atacante junto ao Napoli:
€ 64 milhões (R$ 185 milhões). Cartaz 'entrega' o anúncio da contratação

O que era questão de tempo se concretizou: Edinson Cavani é jogador do Paris Saint-Germain. Após duas horas de atraso, o clube francês anunciou no início da tarde desta terça-feira a contratação do atacante, agora o quinto jogador mais caro da história do futebol, atrás de Cristiano Ronaldo, Zidane, Ibrahimovic e Kaká, e consequentemente o mais valioso da atual janela de transferências e também do futebol francês. Uma longa negociação com o Napoli terminou com o pagamento de sua cláusula rescisória - € 64 milhões (R$ 182 milhões) -, valor que o presidente Aurelio De Laurentiis não acreditaria ser possível, mas teve de ceder após a decisiva investida do bilionário qatari Nasser Al Khelaifi com a ajuda do brasileiro Leonardo, que pediu demissão do cargo de diretor-esportivo.

Cavani é apresentado ao lado de Nasser Al Khelaifi, dono do Paris Saint-Germain

- A contratação de Edinson Cavani é mais uma prova da capacidade desse clube atrair os melhores jogadores do mundo. Ele foi seduzido pelo projeto esportivo e está muito feliz de se unir a um time ambicioso, está impaciente para assumir novos desafios. Estamos especialmente felizes em apresentar um jogador extremamente cobiçado e talentoso para nossos torcedores - disse Al Khelaifi, confirmando o último dia de Leonardo como funcionário do PSG.
Além da alta quantia para comprar o jogador, o PSG deve desembolsar cerca de € 10 milhões (R$ 29 milhões) anuais de salário para Cavani, que assinou contrato de cinco anos. Aos 26 anos, o artilheiro vestirá a camisa 9 e tudo indica que fará uma dupla galáctica com o sueco Zlatan Ibrahimovic - além de reencontrar o argentino Ezequiel Lavezzi, companheiro de longa data no Napoli.

Ibrahimovic é um campeão, um dos melhores do mundo. Será um prazer jogar ao lado dele para ganhar títulos"

Edinson Cavani

- Ibrahimovic é um campeão, um dos melhores do mundo. Será um prazer jogar ao lado dele para ganhar títulos. Chego com muita alegria, confiança e desejo de fazer sucesso aqui. É um dos maiores clubes do mundo e que pode ganhar a Liga dos Campeões - afirmou o uruguaio.
Cavani chegou a Paris na última segunda-feira e realizou exames médicos para assinar o contrato. Apesar do iminente anúncio da contratação, o clube francês preferiu fazer segredo e, em vez de usar o recurso dos sites oficiais, como de costume, convocou uma entrevista coletiva para esta terça-feira - atrasada em duas horas. Antes da apresentação oficial, um cartaz com sua imagem e a mensagem "bem-vindo" entregaram quem estava para chegar. Também está prevista uma sessão de fotos na Torre Eiffel, exatamente como aconteceu com Ibra há um ano.

Não está descartada, porém, que chegada de Cavani signifique a partida da atual maior estrela da companhia francesa. Segundo um dirigente, que negociou o uruguaio com os franceses, Ibrahimovic interessa a Real Madrid e Manchester City e já teria um acordo para deixar o PSG.
- Obviamente que compramos Cavani para jogar com Ibrahimovic. Mas a decisão final será do técnico (Laurent Blanc). O nosso principal objetivo é conquistar a Liga dos Campeões nos próximos quatro anos - contou Al Khelaifi, antes de agradecer pessoalmente ao uruguaio.
- Uma última coisa: Muito obrigado, Edinson, por escolher o PSG. Muitos clubes estavam interessados em você - encerrou, sem citar os nomes de Manchester City e Chelsea.
Cavani chegou ao Napoli em junho de 2010, depois de três temporadas no Palermo. Em Nápoles, ganhou destaque ao fazer boa dupla de ataque com Lavezzi e se tornou grande alvo de gigantes europeus. Com 104 gols em 138 partidas (média de 0,75), ele se aproximou do argentino Diego Maradona no quesito idolatria da torcida napolitana. E não à toa só deixou o clube por uma proposta impossível de ser recusada.
Na seleção uruguaia, Cavani não chega perto de ter os mesmos números. Talvez por dividir a função de goleador com Luis Suárez e Diego Forlán, talvez por realmente não se sentir tão à vontade como no Napoli. São 17 gols em 54 partidas (média de 0,31). Ainda assim, foi um dos melhores da Copa das Confederações disputada no Brasil, inclusive com um gol marcado sobre a Seleção na semifinal e dois contra a Itália pelo terceiro lugar.