quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Posição da França é uma das grandes incógnitas para sorteio da Copa de Mundo 2014

Pior do ranking da Fifa entre os classificados da Europa, seleção de Ribéry pode
ficar em pote que provoque 'grupo da morte' inédito com três campeões mundiais

A classificação da França para a Copa do Mundo de 2014 aumentou o receio da formação de um inédito "grupo da morte" com três campeões mundiais no sorteio de 6 de dezembro, na Costa do Sauípe, na Bahia. Temor que só pode se justificar ou diminuir daqui a uma semana e meia, com a confirmação oficial pela Fifa dos critérios do chaveamento depois da reunião do seu Comitê Executivo, no dia 3 de dezembro.
Só uma regra está definida para o sorteio, a dos cabeças de chave. São eles, o Brasil, como país sede, e os sete melhores classificados na edição de outubro do ranking da entidade. Além dos campeões mundiais Espanha, Alemanha, Argentina e Uruguai, garantiram a posição as surpresas Colômbia, quarto lugar na classificação, Bélgica, quinto, e Suíça, sétimo. A condição privilegiada desses três últimos forçou seleções com mais tradição no torneio a ficarem em outros potes, casos de Itália, Inglaterra, ambas vencedoras de edições passadas do Mundial, Holanda e Portugal. E deixou a França como principal incógnita do chaveamento.

Os franceses podem cair em dois potes. Se for seguido o critério do ranking da Fifa, a França, como pior das 13 seleções europeias na classificação de outubro, sai do grupo dos oito melhores do continente que estariam na mesma divisão, fora os cabeças de chave (Espanha, Alemanha, Bélgica e Suíça). Ficariam Holanda, Itália, Inglaterra, Portugal, Grécia, Bósnia-Herzegovina, Croácia e Rússia. Assim, "Le Bleus" seriam igualados a representantes de outras confederações, provavelmente os cinco africanos e dois sul-americanos restantes (Gana, Nigéria, Camarões, Costa do Marfim, Argélia, Chile e Equador). A outra hipótese é que o Comitê Executivo da entidade decida levar em conta o currículo do campeão mundial de 1998 e o deixe no contingente da Europa, botando em outra linha do sorteio um país com menos tradição, como a Bósnia, por exemplo.

REGRAS DE 2010
No sorteio para a Copa de 2010, o primeiro pote foi formado pelos cabeças de chave, o segundo por representantes da Concacaf, Ásia e Oceania, o terceiro por sul-americanos e africanos e o quarto por europeus. Mas a quantidade de seleções de cada continente é diferente da edição de 2014. Por isso, a divisão de forças não pode ser exatamente repetida.

A tendência é que a Fifa siga o tradicional critério geográfico, não permitindo que seleções da mesma Confederação (América do Sul, África, Ásia e Concacaf) caiam no mesmo grupo. A Europa não entra nesta restrição, pois seria impossível, dada a quantidade de cabeças de chave (4), grupos (8) e representantes do continente (13 ao todo).

ENTRE CARRASCOS E 'BABAS'
A divisão aumenta o risco da formação dos temidos "grupos da morte". Se a França for mesmo para o pote 3, o Brasil pode pegar uma chave com dois outros campeões mundiais. Além de "Le Bleus", corre o perigo de enfrentar na primeira fase a Itália, segunda maior vencedora da Copa, em 1934, 38, 82 e 2006, e a Inglaterra, ganhadora em 1966. É bom lembrar também que Argentina e Uruguai também poderiam dar esse azar - e até Espanha e Alemanha, se a Fifa ignorar o impedimento de ter três europeus juntos.
Existiria também a possibilidade de o Brasil ter um grupo só com "carrascos". O sorteio pode botar França, Holanda, responsável pela eliminação da Seleção nas quartas da Copa de 2010, e México, algozes na final dos Jogos Olímpicos de Londres 2012.

Mas nem todos os cenários são sombrios para a equipe de Luiz Felipe Scolari. Caso os critérios de 2010 sejam mantidos, também existe a chance de cair em um grupo com Irã, Argélia e Grécia, por exemplo. Outra combinação mais fácil teoricamente seria com Honduras, Gana e Bósnia-Herzegovina.

O sorteio da Copa do Mundo terá as participações de ex-jogadores como Zidane (França), Cafu (Brasil), Ghigggia (Uruguai), Cannavaro (Itália), Kempes (Argentina), Geoff Hurst (Inglaterra), Matthäus (Alemanha) e Hierro (Espanha). As atrações musicas ficarão por conta do rapper Emicida, de São Paulo, do grupo de percussão afro-brasileira Olodum e da cantora baiana Margareth Menezes. O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke comandará o evento.




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