Alemão é 3º em uma das provas mais emocionantes do ano, Alonso chega em 2º em Abu Dhabi e diminui diferença na luta pelo título.
A promessa era de muita emoção para o GP de Abu Dhabi, mesmo em um circuito estreito e difícil de ultrapassar como Yas Marina. Desclassificado do treino de sábado, o líder do campeonato Sebastian Vettel (RBR) largava dos boxes, no fim do pelotão, enquanto seu rival na briga pelo título, Fernando Alonso (Ferrari), partia em sexto. E a corrida fez jus à grande expectativa criada. Aconteceu de tudo neste domingo. Foram 55 volas de pura emoção: acidentes na largada, decolagem espetacular, duas entradas de safety car, abandono de Lewis Hamilton quando liderava e triunfo inédito de Kimi Raikkonen e Lotus desde os retornos de piloto e escuderia à Fórmula 1. Mas na única etapa do ano que começa com luz natural e termina com artificial, os holofotes estavam voltados mesmo para o disputa do campeonato. Inspirado, Vettel fez uma linda corrida de recuperação e saiu de último para conseguir um improvável lugar no pódio, em terceiro, após ultrapassar Jenson Button no apagar das luzes. Uma atuação para espantar de vez as insinuações de que seria apenas um “carrinho” veloz na Fórmula 1. O vice-líder Alonso mostrou a raça costumeira. Com uma Ferrari limitada, batalhou durante toda a corrida e chegou até a ameaçar a vitória de Kimi nas voltas finais. Com a segunda colocação, diminuiu a diferença para o alemão da RBR na classificação de 13 para dez pontos. Foi um pódio com três campeões mundiais, digno de uma prova que entra para a história da categoria máxima do automobilismo mundial.
A primeira vitória de Raikkonen desde seu retorno à F-1 após dois anos no mundial de rali fez o “Homem de Gelo” quebrar o frigidez. O finlandês vibrou no rádio, celebrou no pódio com muito champanhe, mas manteve um sorriso discreto para não perder o costume nem a fama de "tô nem aí". Foi o oitavo piloto diferente a vencer no ano. O resultado vem na mesma semana de sua renovação com a Lotus para 2013 e consagra a regularidade de um piloto que pontuou em 17 dos 18 GPs. Ele havia batido na trave diversas vezes durante a temporada e dizia que não se sentiria 100% feliz enquanto não subisse no topo do pódio. Foi seu 19º triunfo na carreira. O último havia sido no GP da Bélgica de 2009. A prova marcou também a 80ª vitória da marca Lotus na categoria, encerrando um jejum de 25 anos desde o feito de Ayrton Senna no GP dos EUA de 1987.
Kimi herdou a primeira posição de Hamilton. O britânico, que seguirá para a Mercedes no ano que vem, largou na pole e rumava para uma sólida e tranquila vitória. Mas viu o sonho de triunfar em sua antepenúltima prova na McLaren ir embora ao abandonar a prova na 21ª volta, com problemas de pressão de combustível. De quebra, Raikkonen ainda deu um show à parte no rádio. Na primeira parte da prova, ao ser avisado pela equipe que Alonso se aproximava, respondeu: "apenas me deixe em paz, sei o que fazer". Pelo visto, sabia mesmo.
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