Negociação de carro colocou Emerson Sheik na mira do MP
Menos de uma semana após a tragédia de Oruro em que o garoto boliviano Kevin Espada morreu, outra notícia deve abalar o Corinthians. O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro pediu a condenação do jogador Márcio Passos de Albuquerque, conhecido como Emerson “Sheik”, por contrabando de dois carros importados ilegalmente dos Estados Unidos.
Reportagem da ESPN revela que na mesma decisão, o MPF pediu a suspensão do processo contra Rodrigo Oliveira de Bittencourt, o Diguinho, do Fluminense. Contudo, condicionou a medida a uma lista de cinco condições. Uma delas é a proibição de o meia deixar o Brasil por mais de 30 dias, nos próximos dois anos, sem autorização da Justiça.
A decisão do processo deve ficar a cargo da Justiça Federal. Caso seja condenado, Emerson pode pegar uma pena de até quatro anos de prisão. Emerson Sheik e Diguinho também eram acusados por lavagem de dinheiro, mas no entendimento do procurador da República Sérgio Pinel as investigações não provam o cometimento deste crime.
Entenda o caso
A investigação da Polícia Federal mostrou que, em uma das compras, Emerson depositou dinheiro diretamente na conta de Jehuda Kazzabi. O israelense conhecido como “UDI” mora em Miami e é apontado como um dos chefes da quadrilha, que tinha ramificações em 12 estados brasileiros.
No entanto, para adquirir o carro Emerson teria usado a concessionária do bicheiro Haylton Scafura, a Euro Imported Cars. Scafura estava foragido desde outubro do ano passado, mas foi preso no começo do mês em um condomínio na Barra da Tijuca
As transações financeiras de Emerson estão comprovadas no processo por meio de escutas telefônicas e levantamentos financeiros realizados pela Receita Federal. Sheik ainda é citado em outros trechos do processo. Em uma das escutas, o israelense UDI reclama da compra feita pelo jogador, pois, por conta da transação, sua agência de carros fora alvo de inspeção da polícia norte-americana.
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