Raposa domina o jogo, abre 2 a 0, mas vacilo de Dedé permite que cariocas marquem e fiquem a uma vitória por 1 a 0 das quartas
O Cruzeiro dominou o Flamengo no Mineirão durante boa parte do jogo e venceu por 2 a 1, mas o gol sofrido no segundo tempo deixa uma pulga atrás da orelha do torcedor para a partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. Willian e Éverton Ribeiro - autor de um golaço com direito a lençol dentro da área - colocaram a Raposa em vantagem, mas uma bobeira de Dedé deu a oportunidade para o gol de Carlos Eduardo, e ao Rubro-Negro a chance de jogar por uma vitória por 1 a 0 na próxima quarta-feira, no Maracanã, para chegar às quartas de final.O bom público no Mineirão (33.645 pagantes para renda de R$ 1.660.580) viu um jogo muito disputado e a superioridade do Cruzeiro em sua grande parte. Mas o time da casa não soube matar a partida e agora terá que administrar uma vantagem bem menos confortável no Rio. A Raposa joga por qualquer empate ou até derrota por um gol, desde que seja a partir de 3 a 2. Outro 2 a 1, para o Flamengo, leva a disputa para os pênaltis. O vencedor desta série pega Botafogo ou Atlético-MG, que fazem a primeira partida nesta quinta-feira, às 21h50m (de Brasília), no Maracanã.
- Esse eu lembro desde o começo. Puxei contra-ataque, toquei para o (Ricardo) Goulart. Vi que estava sozinho, dei o chapéu e soltei o pé.
Autor do gol que deu esperança extra para o Flamengo em um jogo muito complicado, Carlos Eduardo comemorou muito. Até porque foi o primeiro desde sua chegada para ao clube, em janeiro.
- Para mim (a importância) é muito grande, aumenta minha confiança. Estava precisando disso. Sei do meu potencial e que posso ajudar o Flamengo.
O Cruzeiro volta a campo no próximo sábado, contra a Ponte Preta, às 18h30m (de Brasília), no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. No mesmo dia e horário, o Rubro-Negro recebe o Grêmio no Mané Garrincha, em Brasília.
Mano Menezes optou pela entrada do zagueiro Samir para atuar no lugar de João Paulo na lateral esquerda, aumentando o poder de marcação pelos lados, arma conhecida do Cruzeiro. Adiantou pouco no primeiro tempo. O lateral-direito Ceará abusou dos avanços no setor, e foi dele o cruzamento - justamente em cima de Samir - para Willian marcar o primeiro gol da Raposa em rebote de boa defesa de Felipe, totalmente livre na área, entre González e Chicão. Mas o gol, aos 27 minutos do primeiro tempo, foi a confirmação de uma superioridade que se estabeleceu desde o primeiro minuto.
Com a movimentação de Éverton Ribeiro e tabelas rápidas pelas pontas, o Cruzeiro cavava espaços na defesa rubro-negra. É verdade que Marcelo Moreno teve dois chutes perigosos. O primeiro na trave, quando a partida ainda estava 0 a 0, e outro defendido por Fábio já no fim da primeira etapa, quando o time de Mano Menezes cresceu um pouco. Mas foi basicamente isso. A entrada do jovem Fernando, escalado para atuar aberto na ponta, assim como Gabriel, mostrou-se pouco produtiva. O Cruzeiro poderia até ter saído com uma vantagem maior. Aos 22, William entrou sozinho, e a torcida ficou pedindo pênalti de González, um pouco depois que Borges perdeu uma chance clara, defendida por Felipe.
Golaço e suspiro do Fla
Logo no início da segunda etapa, o duelo entre o Borges e Felipe voltou a acontecer, com nova vantagem para o camisa 1. Um toque com a ponta dos dedos evitou o gol certo. Na cobrança de escanteio, Bruno Rodrigo acertou a trave em cabeçada. O Cruzeiro voltou pressionando, mas o Flamengo também estava mais arrumado. Só que um contra-ataque entrou como um cruzado na ponta do queixo rubro-negro. Em três toques a bola chegou a Everton Ribeiro na área. O meia deu um lindo lençol em Luiz Antonio e fuzilou de primeira: 2 a 0.
O gol atordoou o time de Mano, e a Raposa ampliou o seu domínio. O resultado parecia definido, quando duas falhas individuais seguidas mudaram o rumo da partida. Niltou errou na saída de bola e gerou contra-ataque. Ainda assim, a bola enfiada por Elias parecia dominada na área, mas Dedé se enrolou, atrapalhou Fábio, e a bola bateu em Moreno. Ela foi na trave, mas Carlos Eduardo, que havia entrado minutos antes, estava lá para completar. O Flamengo passou, então, a administrar o placar, de olho no regulamento. O Cruzeiro tentou melhorar sua situação, mas errou muito no ataque.
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