Depois de o zagueiro Antônio Carlos ser expulso, Tricolor marca com Aloísio e fica a um ponto de sair da zona de rebaixamento
Time que está na zona de rebaixamento não tem vida fácil. As vitórias só vêm após muito sofrimento. O São Paulo que o diga. Foi com um homem a menos em campo (Antônio Carlos foi expulso), tomando bola na trave e com um gol solitário de Aloísio que o Tricolor venceu o Náutico por 1 a 0, nesta terça-feira, na Arena Pernambuco. O triunfo deixou o time do Morumbi a um ponto de deixar a zona de rebaixamento do Brasileirão. Já o Timbu permanece afundado na tabela, com oito pontos, sete a menos que a Ponte Preta, penúltima colocada.O jogo desta terça, válido pela 10ª rodada, foi atrasado por conta da viagem do clube paulista ao exterior no início de agosto, para amistosos na Alemanha, em Portugal e no Japão
Tocando bem a bola, o Náutico começou pressionando um São Paulo com dificuldades para sair jogando. Os três volantes do time da casa - Elicarlos, Helder e Martinez - dominavam as ações do meio-campo e davam espaço para os homens mais avançados produzirem. Foi assim que Tiago Real, após tabelar com Diego Morales, emendou uma bomba e obrigou Rogério a fazer grande defesa. No lance seguinte, mais uma vez Ceni salvou, ao cair no canto esquerdo para defender arremate de William Alves, zagueiro que mostrou chegar bem ao ataque.
Lançando mão de poucos contra-ataques e algumas tentativas de prender a bola no setor ofensivo, o São Paulo não conseguia demonstrar futebol para sair da zona de rebaixamento. Ganso, bem marcado, limitava-se a dar passes laterais. Lucas Evangelista buscava mais o jogo, mas pecava nas conclusões. Luis Fabiano, isolado, não tinha o que fazer. E Osvaldo mais uma vez estava apagado.
Na área técnica, Autuori coçava a cabeça e gritava bastante na tentativa de fazer os seus comandados partirem para cima. O lateral-esquerdo Reinaldo era o único a tentar algo mais contundente. Luis Fabiano até conseguiu marcar, mas estava impedido.
Com um baixo nível técnico, muitos chutões de um lado para o outro e apenas uma finalização a gol do Náutico nos últimos 15 minutos, o primeiro tempo acabou dando sono. Prova disso é que o árbitro Leandro Peadro Vuaden não quis dar nenhum acréscimo.
Para o segundo tempo, o Tricolor voltou com os atacantes Aloísio e Negueba nos lugares de Osvaldo e Lucas Evangelista. O objetivo de Autuori era dar mais velocidade ao time. Pelo lado do Timbu, o atacante Rogério entrou na vaga do meia Diego Morales. Jorginho, que gostou da primeira etapa, acreditava que ser mais ofensivo era o que faltava para vencer a partida. As mudanças deixaram o duelo bem mais movimentado.
A primeira grande chance foi do Náutico. Após lançamento longo de Martinez, Rogério caiu pela direita, invadiu a área e tinha tudo para balançar a rede. Mas chutou de forma bisonha. No lance seguinte, aos 15 minutos, o zagueiro Antônio Carlos, que era o último homem, parou Rogério com falta e recebeu o cartão vermelho, deixando o São Paulo com dez jogadores em campo.
Fechado e jogando no contra-ataque contra o lanterna do Brasileirão, o São Paulo só conseguiu criar uma boa chance aos 27 minutos, quando Negueba arrancou em velocidade e chutou cruzado, obrigando Ricardo Berna a fazer a defesa. Era um prenúncio, pois, na jogada seguinte, Reinaldo caiu pela esquerda e cruzou na pequena área para Aloísio, em posição legal, desviar de esquerda para estufar a rede do Náutico.
O jogo enfim pegou fogo, e o Timbu quase empatou rapidamente. Após cruzamento na área, Olivera testou na trave esquerda de Ceni. O Náutico pressionou nos chuveirinhos, mas o São Paulo conseguiu se segurar, mesmo com um homem a menos.
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